
Valores na mesa, intermediários em ação e expectativa pela condução do Real Madrid para, enfim, realizar o sonho de ter Carlo Ancelotti. É assim que a CBF conduz a negociação para ter o treinador no comando da seleção brasileira a partir da Data Fifa de junho.
O acerto entre as partes já existe e foi conduzido pelos empresários Álvaro Costa e Diego Fernandes na Espanha, com contatos direto à distância entre Ednaldo Rodrigues e o próprio italiano.
Não é de hoje que Carleto sinalizou positivamente para o desejo do Brasil e a pendência está apenas na condução do fim de sua passagem pelo Real, com quem tem contrato até meados de 2026. Com a derrota na final da Copa do Rei, o cenário ficou mais claro para que os espanhóis administrem as últimas semanas para que Ancelotti tenha uma despedida com as devidas homenagens até o fim de La Liga, dia 25 de maio.
O clube está ciente do acerto entre o técnico e a CBF, mas não abre mão de direcionar a narrativa neste fim de ciclo. O próprio Ancelotti já confidenciou aos jogadores mais próximos de que deixará o clube tão logo acabe o Campeonato Espanhol, onde o Real está a quatro pontos do líder Barcelona com confronto direto no dia 11, na Catalunha.
O “sim” para o convite da CBF foi até certo ponto fácil e desde o primeiro momento o posicionamento de Ednaldo Rodrigues era de que as condições salariais seguiam o que tinha sido acordado em 2023, quando Ancelotti chegou a assinar um termo de compromisso com a Seleção, mas acabou renovando com o Real no período da intervenção que tirou o presidente do cargo.
Informações dão conta de que o acerto tem valores similares ao que Ancelotti recebe atualmente no Real Madrid. O vínculo em vigor indica pagamento de 10 milhões de euros por ano (R$ 64,5 milhões), o que daria cerca de R$ 5 milhões mensais.
Com o sinal positivo ainda antes da Data Fifa de março, intermediários conduziram as conversas pessoalmente na Espanha. A CBF teve a preocupação de não colocar empresários que agenciem jogadores e sejam conhecidos no meio do futebol na negociação. Desta maneira, Álvaro Costa foi o escolhido e, em um segundo momento, o Diego Fernandes. O primeiro é espanhol, mas morou no Brasil, fala português fluente e chegou a trabalhar com Neymar no período que o craque defendeu o Barcelona.