A gastrite, uma inflamação do revestimento do estômago, pode provocar sintomas incômodos como dor abdominal, náuseas e perda de apetite. Embora existam tratamentos médicos, alguns alimentos também podem oferecer alívio. Um deles é uma fruta tropical amplamente consumida em todo o mundo: o coco.
De acordo com o site especializado Healthing, o coco é altamente benéfico para pessoas com gastrite. Seu valor nutricional inclui minerais essenciais como magnésio, fósforo, cálcio e potássio, além de uma quantidade considerável de fibras. Esses componentes fazem dele um aliado do sistema digestivo.
A fibra do coco ajuda a aliviar a sensação de estômago pesado e favorece o trânsito intestinal, enquanto seus minerais contribuem para manter o equilíbrio dos eletrólitos. Seu leve efeito laxante também pode colaborar na limpeza do aparelho digestivo, o que pode gerar uma sensação geral de alívio em pessoas com distúrbios estomacais.
Formas recomendadas de consumo
O coco pode ser consumido de várias maneiras, o que o torna uma fruta versátil. As apresentações mais comuns são a água de coco e o óleo de coco. Em ambos os casos, especialistas recomendam moderação para evitar efeitos adversos.
- Água de coco: recomenda-se tomar um copo, uma ou duas vezes ao dia. Essa bebida natural ajuda a aliviar as náuseas, hidrata a pele, alivia câimbras e contribui para regular a função renal. Além disso, pode ser útil no controle do peso.
- Óleo de coco: recomenda-se ingerir uma colher de sopa por dia, de preferência em jejum. O óleo pode ajudar a proteger a mucosa do estômago, melhorar a digestão e combater certas bactérias intestinais. No entanto, seu consumo deve ser feito com cautela e, se possível, sob supervisão médica, já que o excesso pode causar cólicas ou desconforto digestivo devido ao seu conteúdo de potássio e açúcares naturais.
Benefícios adicionais do coco
Além de seus efeitos positivos sobre a gastrite, o coco oferece uma série de vantagens adicionais para a saúde:
- Efeito saciante: retarda a digestão e reduz a sensação de fome.
- Apoio a mulheres lactantes: o óleo de coco pode favorecer a produção e a qualidade do leite materno.
- Fortalecimento ósseo: melhora a absorção de cálcio e magnésio, fundamentais para a formação de ossos e dentes.
- Propriedades antimicrobianas: o óleo possui efeitos antifúngicos e antibacterianos, úteis no tratamento de infecções digestivas como as causadas pela Helicobacter pylori, bem como em casos de cólon irritável e síndrome do intestino permeável.
- Energia e metabolismo: fornece energia rápida, estimula a função da tireoide e contribui para a redução da gordura corporal, ao mesmo tempo que favorece o desenvolvimento muscular.
- Controle da glicose: ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue, sendo útil para pessoas com diabetes ou em risco de desenvolvê-la.
Quais frutas são recomendadas para quem tem gastrite?
Quando se recebe o diagnóstico de gastrite — uma inflamação da mucosa do estômago que pode causar sintomas como dor abdominal, azia, náusea ou inchaço —, muitas pessoas acreditam que devem eliminar completamente certos grupos de alimentos, especialmente frutas e verduras. No entanto, essa é uma percepção equivocada.
Segundo especialistas do Centro Médico-Cirúrgico de Doenças Digestivas (CMED), algumas frutas não só são bem toleradas, como também podem ser aliadas na recuperação gástrica, graças às suas propriedades anti-inflamatórias e digestivas.
Entre as mais recomendadas estão:
- maçã
- mamão
- banana
Essas frutas têm um efeito antiácido natural que ajuda a reduzir a acidez estomacal e a proteger a mucosa digestiva. A maçã, além disso, é rica em pectina, uma fibra solúvel que auxilia na regulação do trânsito intestinal e protege o revestimento gástrico.
Os doutores Guerra e Freire, cirurgiões gerais e digestivos do CMED, também incluem na lista outras frutas benéficas para pacientes com gastrite, tanto na forma aguda quanto crônica. São elas: melancia, melão, pera, caqui e abacaxi. Seu alto teor de água e perfil nutricional suave favorecem a digestão e reduzem a irritação gástrica.
Os especialistas ressaltam que é preferível optar por frutas maduras. Durante o processo natural de amadurecimento, o amido dessas frutas se transforma em açúcares simples, facilitando a digestão. Além disso, elas são menos propensas a provocar gases, diminuindo a sensação de inchaço frequentemente associada à gastrite.
Embora as frutas sejam parte essencial da dieta, os médicos recomendam manter uma alimentação completa e equilibrada. Verduras e leguminosas, por exemplo, oferecem alto valor nutricional e ajudam na recuperação dos tecidos inflamados. Também devem ser incluídas proteínas de alta qualidade, como carnes brancas, peixes e ovos — de preferência grelhados —, assim como carboidratos de digestão lenta, que são mais fáceis de serem processados pelo organismo.
Quanto às gorduras, recomenda-se dar preferência às consideradas saudáveis, como as provenientes do azeite de oliva. A hidratação adequada também é fundamental para o bom funcionamento digestivo e para a recuperação do estômago irritado.
