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Minha Casa, Minha Vida: governo vai retomar construção de 40 mil unidades com obras paradas

Governo quer retomar Minha Casa Minha Vida com foco na casa própria de famílias que não conseguem tomar crédito imobiliário sem subsídios — Foto: Guilherme Pinto

O governo federal vai anunciar nesta semana a retomada de 37,8 mil obras do Minha Casa, Minha Vida para famílias no Faixa 1 (renda de até R$ 2.640), que praticamente ganham a casa. São unidades paralisadas em todo o país. O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que o número vai chegar a 40 mil porque pretende incluir empreendimentos invadidos e com problemas de documentação, como alvarás, por exemplo. Para isso, será feito um diálogo com as prefeituras.

O prazo de entrega das obras depende do andamento do projeto, de acordo com o ministro. Do total de empreendimentos, 4.958 estão no estado do Rio, que concentra a maior parte das obras que serão retomadas. São empreendimentos, por exemplo, em Belford Roxo, com construção desde 2014, e em Queimados, cuja obra foi contratada em 2015.

O ministro fará o anúncio da retomada e em um evento no Pará, seu estado, com a presença de vários prefeitos.

— Esse é um número que já foi estudado pelas equipes e por mim. Podemos até ir além, mas esses 40 mil é um número que temos bastante segurança de retomada das obras e entrega das unidades — disse Jader.

As obras que foram invadidas vão necessitar de uma parceria com as prefeituras para acelerar os processos que estão na Justiça. A estratégia é que os governos locais também entrem com contrapartidas, como construir a parte de infraestrutura.

— Nós vamos pactuar com as prefeituras para que a gente possa encontrar soluções junto a essas famílias, para que nós possamos também fazer a entrega de algum desses empreendimentos — disse o ministro.

Conjunto Habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida, no Complexo do Alemão — Foto: Marcia Foletto

Conjunto Habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida, no Complexo do Alemão — Foto: Marcia Foletto

Estoque de 30 mil obras

Segundo ele, somando recursos que sobraram do ano passado, foram repassados ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e Fundo Desenvolvimento Social (FDS) cerca de R$ 14 bilhões do Orçamento da União para retomar as obras paralisadas do programa.

Mas, mesmo com o esforço concentrado para acelerar as obras, ainda sobra um estoque de cerca de 30 mil obras antigas com problemas.

Neste caso, será feito um estudo detalhado e nos casos em que financeiramente não compensa retomar, o empreendimento será desmobilizado e o processo encaminhado aos órgãos responsáveis para apuração de responsabilidade, afirmou o ministro.

No ano passado, foram retomadas 20 mil obras paralisadas. Além da retomada das obras, o governo anunciará nas próximas semanas uma seleção de projetos para contratar 75 mil unidades na área rural, 32 mil unidades destinadas a entidades sociais e 22 mil nos municípios com menos de 50 mil habitantes. Todas para famílias da Faixa 1.

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