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UFPE anuncia cortes para manter funcionamento até o fim de 2025

O Reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes, anunciou nesta terça-feira (8) uma série de cortes no orçamento da instituição com o objetivo de garantir seu funcionamento até o final de 2025. A medida afetará diretamente mais de 40 mil estudantes de graduação e pós-graduação, além de impactar professores e servidores.

“Só temos orçamento previsto até outubro de 2025”, afirmou o reitor durante coletiva de imprensa, ao lado do vice-reitor Moacyr Araújo.

Entre as ações previstas estão: suspensão de editais e contratos; interrupção de atividades de campo (exceto as obrigatórias nos currículos); redução de serviços de manutenção, como reparo em ar-condicionados, poços e esgoto. Apesar das restrições, as bolsas de assistência estudantil estão mantidas. Segundo Alfredo, monitorias, bolsas de pesquisa e demais auxílios voltados à permanência dos alunos seguirão como prioridade.

“Não vamos reduzir as bolsas de assistência estudantil. Elas são uma prioridade máxima para a UFPE”, reforçou o reitor.

Em 2025, a UFPE recebeu R$ 170 milhões do orçamento da União, valor inferior ao registrado em 2014, quando a universidade teve R$ 233 milhões. De acordo com o reitor, seriam necessários R$ 23,9 milhões a mais para manter todas as atividades em pleno funcionamento até dezembro.

No primeiro semestre, a UFPE recebeu R$ 7,9 milhões em recomposição orçamentária por parte do Ministério da Educação (MEC), valor considerado insuficiente. “Temos uma estrutura de 377 prédios, e o orçamento atual não cobre as necessidades mínimas até o fim do ano”, explicou.

O campus de Sertânia, no Sertão de Pernambuco, segue com obras e planejamento sem impacto dos cortes. Segundo Alfredo, o projeto conta com orçamento próprio. Em nota oficial, o Ministério da Educação declarou que mantém diálogo com as reitorias das universidades federais e que tem atuado desde 2023 para recompor o orçamento das instituições.

“A recomposição é necessária devido às grandes perdas sofridas pelas universidades federais, especialmente entre 2020 e 2022”, afirmou o ministério.

A pasta também destacou que as universidades têm autonomia administrativa e financeira, conforme previsto na Constituição Federal.

(Fonte: Folha de Pernambuco)

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