20 mil brasileiros foram afetados por um malware instalado em celulares falsificados nos últimos dois anos, segundo um levantamento da Kaspersky, empresa russa especializada em softwares de segurança na Internet. A empresa identificou uma nova versão do trojan Triada em smartphones com sistema Android vendidos por lojas não autorizadas. Segundo a instituição, essa versão do vírus é mais sofisticada e perigosa que a anterior, ao conseguir, entre outras ações, roubar credenciais de redes sociais e substituir carteiras de criptomoedas sem ser detectada. Confira, a seguir, mais detalhes e como se defender.

Quais os riscos de um malware instalado no celular falsificado?
Segundo a Kaspersky, o vírus atua na interceptação e roubou de dados sensíveis dos usuários, como logins de redes sociais — incluindo Telegram, TikTok, Facebook e Instagram. Além disso, o malware pode enviar ou apagar mensagens no WhatsApp e no próprio Telegram. Ele também substitui endereços de carteiras de criptomoedas, redireciona e falsifica identificadores de chamadas, espiona a atividade do navegador no celular, envia links maliciosos, intercepta, apaga ou envia SMS, além de realizar o download de aplicativos suspeitos.
“O que diferencia esse malware é que ele já vem pré-instalado em celulares falsificados, como uma aplicação crítica do sistema. Ou seja, não é necessário que o usuário clique em nada para instalá-lo e a remoção manual é impossível”, disse Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky na América Latina, ao jornal Extra.
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Como se proteger?
Mesmo que a remoção do malware não seja possível, uma das formas mais eficientes de conter os danos é a instalação de um antivírus confiável capaz de bloquear a ação do vírus. Outra recomendação importante é verificar se o aparelho é homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A certificação do órgão atesta a autenticidade, qualidade e segurança do dispositivo. A consulta pode ser feita pelo site oficial “informacoes.anatel.gov.br/paineis/certificacao-de-produtos/celulares-em-5g” (sem aspas).
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Com informações de Extra