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Alugar ou assinar um iPhone 15 vale a pena? Veja as comparações

Desde que o iPhone 15 foi lançado, no começo de setembro, voltou à tona a discussão sobre os altos preços do aparelho. No Brasil, os smartphones da nova linha são vendidos pela Apple por valores a partir de R$ 7.299, mas podem chegar a R$ 13.999 dependendo do modelo e do quão “turbinado” ele é. Levando em conta que os aparelhos da marca da maçã têm encarecido bastante nos últimos anos, algumas empresas vêm apostando em soluções para facilitar a vida de quem quer estar sempre com um aparelho novo, mas sem gastar tanto por isso. A modalidade conhecida como “aluguel de iPhone” ou “iPhone por assinatura” é oferecida por fintechs e até mesmo bancos. Mas vale a pena?

Na última semana, quem anunciou a modalidade foi o PicPay, em parceria com a startup Allu. Nela, o cliente acessa a plataforma Shop dentro do aplicativo e encontra o serviço de aluguel de iPhone, que já inclui proteção contra roubo, furto qualificado e danos, além de capinha e película.

O programa conta com modelos que vão desde o iPhone 12 (com “mensalidades” a partir de R$ 119,71) até o modelo mais recente, o iPhone 15, cujo preço mensal é de R$ 311,43, mas pode chegar a R$ 459,76 no caso do modelo iPhone 15 Pro Max de 256GB de memória.

Por meio desse sistema, o cliente pagaria cerca de R$ 3.737 pelo uso de um iPhone 15 básico durante um ano. No modelo mais turbinado, o valor desembolsado seria de R$ 5.517.

Embora seja uma novidade para os clientes PicPay, a Allu já oferece o serviço de aluguel de iPhones há algum tempo. O modelo de negócio da plataforma é baseado na conexão entre consumidores que querem alugar os aparelhos a investidores que emprestam dinheiro para financiar a compra desses celulares e, assim, lucrar com isso.

A plataforma realiza a locação em períodos de doze meses e o cliente pode escolher pagar em 12 vezes ou em três sem juros. Depois de um ano, o cliente pode renovar a assinatura e continuar com o mesmo aparelho, trocar por um modelo mais novo ou devolver o aparelho sem custos extras.

Mas ela não é a única. A loja iPlace, uma das principais revendedoras da Apple no país, firmou recentemente uma parceria com o banco Bradesco e apresentou o chamado iPlaceClubO programa funciona como um programa de assinatura dos aparelhos, que pode ser assinado com os cartões do banco. Nesse caso, porém, as assinaturas têm duração de 21 meses. Ao final, o cliente pode escolher devolver o iPhone, renovar a assinatura ou trocar por um novo modelo.

No iPlaceClub, um iPhone 15 de 128GB de memória pode ser assinado por 21 mensalidades de R$ 229 com o seguro incluso. Isso significa, portanto, que o cliente desembolsaria R$ 4.809 para usar o aparelho durante pouco menos de dois anos. Já um modelo mais “potente”, como o iPhone 15 Pro Max de 256GB de memória pode custar ao cliente 21 mensalidades de R$ 349, algo em torno de R$ 7.329.

O Itaú também tem uma modalidade de serviço semelhante. Nesse caso, é uma parceria com a própria Apple. O programa iPhone para sempre” funciona de maneira semelhante à parceria do Bradesco com a iPlace, com assinaturas de 21 meses de duração. Ao final, o cliente pode devolver o aparelho e não receber nenhum valor em retorno, pagar mais um valor para ficar com o aparelho, ou trocar para uma assinatura de um novo smartphone.

No caso do iPhone 15 mais básico, as mensalidades iniciais são de R$ 271,75 (ou seja, R$ 5.706,84 pelo uso durante 21 meses). Já no iPhone 15 Pro, o custo seria de 21 mensalidades de R$ 345,90, totalizando R$ 7.263,87.

Comparação de preços dos modelos do Iphone 15

AparelhoPicPayBradescoItaúLoja AppleVarejistas e marketplaces
iPhone 15R$ 3.737,16 (12x de R$ 311,43)R$ 4.809 (21x de R$ 229)R$ 5.706,84 (21x de R$ 271,15) *Caso o cliente queira ficar com o iPhone ao final, ele paga mais 2.189,70, totalizando R$ 7.896,54R$ 7.299R$ 6.500 a R$ 6.800
iPhone 15 ProR$ 4.627,08 (12x de R$385,59)R$ 6.279 (21x de R$ 299)R$ 7.263,87 (21x de R$ 345,90) *Caso o cliente queira ficar com o iPhone ao final, ele paga mais R$ 2.789,70, totalizando R$ 10.053,57R$ 9.299R$ 8.370 a R$ 9.300
iPhone 15 Pro MaxR$ 5.517,12 (12x de R$ 459,76)R$ 7.329 (21x de R$ 349)IndisponívelR$ 10.999R$ 10.049 a R$ 10.999
*Os modelos pesquisados partem sempre da memória mínima de cada um dos aparelhos

Fonte: PicPay, iPlace, Itaú, Apple, Buscapé

O quanto o iPhone encareceu nos últimos anos?

Um levantamento recente feito pelo Valor Investe mostrou que, se corrigido pela inflação, o primeiro iPhone vendido no Brasil custaria hoje algo em torno de R$ 2.376 a R$ 6.215. Nessa época, o salário mínimo era de R$ 415. Portanto, um trabalhador precisaria de 2,4 a 6,2 salários mínimos para comprar um aparelho do tipo.

Considerando que na época não havia os modelos de entrada e intermediário (como seriam os modelos iPhone 15 e iPhone 15 Pro), a comparação mais justa para se fazer é com o modelo mais caro, o iPhone 15 Pro Max. Portanto, hoje, com o salário mínimo em R$ 1.320, o consumidor precisa de mais de aproximadamente 8 salários para comprar o modelo top de linha com o mínimo de memória possível.

Em 2014, foi a primeira vez que a empresa lançou a estratégia de separar os modelos em versões básicas e mais avançadas. Na época, o aparelho mais recente era o iPhone 6 eo seu “irmão mais velho”, o iPhone 6 Plus. O segundo, neste caso, era mais caro por contar com uma tela maior e a câmera com qualidade superior.

Na época, os valores do iPhone 6 no Brasil partiam de R$ 3.199. Já o iPhone 6 Plus custava a partir de R$ 3.599.

Corrigidos pela inflação no período, o iPhone 6 custaria a partir de R$ 5.372. Já o iPhone 6 Plus custaria a partir de R$ 6.044. Eles eram, portanto, bem mais baratos do que os seus equivalentes na linha do iPhone 15.

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