Na reta final da análise do material coletado na Operação Contragolpe, que prendeu o general e ex-ministro Walter Braga Netto, a Polícia Federal avalia a possibilidade de apresentar novos indiciados no caso. Mesmo com a denúncia protocolada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas por tentativa de golpe, a PF ainda pode trazer outros nomes que não figuraram no rol de indiciados até então.
A base para novos envolvidos no inquérito serão os dados que estão no aparelho celular apreendido com Braga Netto e nos telefones, computadores, pen-drives e outras mídia recolhidas de seu então assessor, coronel Flávio Peregrino.
Entre militares e aliados de Bolsonaro, há o temor de que novos membros das Forças Armadas sejam indiciados por envolvimento na tentativa de golpe e obstrução de Justiça. Isso porque eles apontam Peregrino como uma das principais pontes entre o ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, e Braga Netto.
O relatório policial mostrou que, numa operação de busca e apreensão na sede do PL, partido de Bolsonaro, os investigadores encontraram documentos na mesa de Flávio Peregrino, que indicavam a busca por informações sigilosas sobre seu acordo.
