
A economia solidária tem ganhado cada vez mais destaque como uma alternativa sustentável e inclusiva de organização econômica no Brasil, especialmente na Bahia. Este modelo de economia, baseado na cooperação, autogestão e na valorização das pessoas acima do capital, tem mostrado um enorme potencial para reduzir desigualdades e promover o desenvolvimento local.
Na Bahia, a política pública é executada pela SETRE – Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, com apoio de Organizações Sociais (OS) por meio de contratos de gestão. Os Centros Públicos de Economia Solidária, conhecidos como Cesols, são espaços multifuncionais públicos, de caráter comunitário, que se destinam a articular oportunidades de geração, fortalecimento e promoção do trabalho coletivo, baseado na economia solidária. A criação desses centros é uma ação pioneira entre os estados brasileiros, simbolizando o compromisso com a consolidação de políticas públicas para o setor.
Um exemplo significativo é o CESOL Piemonte da Diamantina e Municípios, que atualmente atende 150 empreendimentos distribuídos em 15 municípios, alcançando diretamente pelo menos 1 mil beneficiários em diversas cadeias produtivas. Este CESOL tem sede em Senhor do Bonfim, na Avenida Roberto Santos, 241, Centro. Para participar, os interessados devem realizar uma entrevista prévia.
No cenário nacional, a sanção da Lei 15.068/2024, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 23 de dezembro, marcou um grande avanço. A nova legislação cria a Política Nacional de Economia Solidária (PNES) e homenageia Paul Singer, sociólogo e economista que dedicou sua vida ao tema.
Entre os objetivos da PNES estão o fortalecimento do associativismo, a geração de renda e a promoção da justiça social. A política também busca facilitar o acesso a fomento, meios de produção, mercados e tecnologias, além de incentivar práticas de consumo consciente e comércio justo.

A economia solidária impacta positivamente milhões de pessoas, promovendo inclusão social, sustentabilidade ambiental e valorização da produção local. Na Bahia e no Brasil, este modelo reafirma que é possível construir um desenvolvimento mais justo e equitativo, colocando as pessoas e o meio ambiente no centro das decisões econômicas. Com apoio contínuo e mobilização, a economia solidária promete redesenhar o futuro econômico e social do país.
Fonte: Nilo Ramos – Coord. Geral do CESOL Piemonte da Diamantina e Municípios (dez.2024)
















