A Meta AI, do WhatsApp, é confiável? Essa dúvida surgiu em muitos usuários após a big tech liberar a assistente de inteligência artificial (IA) generativa no mensageiro no início do mês. O recurso é seguro, já que é desenvolvido e mantido pela própria companhia, então há nenhum risco ao usá-lo. A confiabilidade da ferramenta, no entanto, é semelhante a de seus rivais ChatGPT e Gemini Google. Por se tratarem de chatbots de IA que são alimentados por dados disponíveis na web, eles podem fornecer informações incorretas e, por isso, é preciso ter um certo cuidado ao utilizar as ferramentas. Confira, a seguir, mais detalhes sobre a ferramenta e conheça seus prós e contras.
O que é a Meta AI?
A Meta AI é um chatbot de inteligência artificial (IA) generativa integrado ao WhatsApp, Instagram, Facebook e Messenger. O recurso está presente em todas as redes sociais da Meta e pode ser acessado individualmente em cada um dos aplicativos. O histórico das conversas fica salvo entre as plataformas, ou seja, é possível continuar o papo com a assistente do mesmo lugar em que você parou independentemente do app utilizado.
A tecnologia, lançada no Brasil no início do mês, pode ser usada para fazer consultas, tirar dúvidas, criar textos e gerar imagens a partir de comandos simples. A proposta da ferramenta é servir como uma assistente virtual: ela é capaz de consultar bases de dados em tempo real para oferecer respostas rápidas e atualizadas — tudo isso sem precisar fechar os aplicativos das redes sociais para fazer pesquisas no Google.
A Meta AI é segura?
A Meta AI é um serviço desenvolvido pela Meta, a empresa dona do WhatsApp, Instagram, Facebook e Messenger. Portanto, a ferramenta é segura e não representa riscos aos usuários. Para usá-la, basta clicar sobre o ícone de círculo azul onde quer que ele apareça nos aplicativos — no WhatsApp, por exemplo, o recurso pode ser usado a partir da barra de pesquisa ou de um botão dedicado. No iPhone (iOS), o ícone da ferramenta fica disponível na parte superior direita da tela, ao lado do ícone de câmera e do símbolo de “+”. Já no Android, o botão da Meta AI fica na parte inferior da tela, acima do símbolo de “+”.
A Meta AI é confiável?
Assim como outros chatbots de inteligência artificial, a Meta AI pode cometer erros e ser imprecisa em algumas respostas. Ao iniciar uma conversa com a assistente, uma notificação na parte superior da tela alerta usuários quanto a isso: “as mensagens são geradas por IA. Algumas podem estar incorretas ou ser inadequadas”, diz o comunicado.
Isso não é um ponto negativo apenas da Meta AI. Outros chatbots baseados em modelos de linguagem em larga escala, como o ChatGPT e o Gemini, também sofrem com o problema. Por serem alimentados por uma grande quantidade de informações disponíveis publicamente na internet, esses programas podem gerar informações falsas ou equivocadas. Muitas vezes, também podem ocorrer “alucinações”, falhas que ocorrem por algumas causas distintas.
As alucinações são respostas incorretas que podem gerar conclusões errôneas e enganosas. Elas podem variar de pequenas distorções e inconsistências na narrativa a informações contraditórias e fabricadas pela IA. E, como os softwares são treinados para ter uma linguagem semelhante à humana, é possível que a identificação das informações incorretas seja difícil, em muitos casos. Por isso, não é recomendado confiar 100% nas respostas fornecidas pela IA.
Desde o lançamento da Meta AI no país, a ferramenta tem sido muito comentada nas redes, e algumas das respostas fornecidas pela assistente viraram meme. Interpretações erradas na criação de imagens também chamaram atenção: a IA teve dificuldades em compreender o significado de algumas expressões e palavras. Em uma ocasião, a Meta AI não entendeu a expressão “plantar bananeira” (ficar de cabeça para baixo) e confundiu “capoeira” com “poeira”, gerando imagens curiosas.
Coleta de dados da Meta AI
A Meta AI pode usar dados públicos de usuários para treinar o seu modelo de inteligência artificial. Em seus Termos de Serviço e Política de Privacidade, que foram atualizados no último dia 9 — data em que a ferramenta foi oficialmente liberada no país —, a Meta informa que pode usar dados contidos em publicações, fotos, legendas e comentários feitos por usuários no Facebook e Instagram para alimentar a Meta AI e melhorar os processos do chatbot. Além desses dados, a empresa também pode usar as mensagens trocadas com a IA para aprimorar as respostas. Apesar disso, é possível se opor à coleta de dados do serviço para impedir que a big tech use seus dados. A seguir, veja como.
Vale a pena usar a Meta AI?
Apesar de cometer erros e ser imprecisa em algumas situações, a ferramenta pode simplificar algumas tarefas da rotina. Além disso, um ponto positivo da Meta AI é que ela é totalmente gratuita — diferentemente de suas principais concorrentes —, e sua integração com as redes sociais pode ser útil para fazer pesquisas rápidas na internet sem precisar consultar ou baixar outros aplicativos, por exemplo.
Outra qualidade da assistente é que ela pode gerar textos e imagens em um único lugar, dentro dos aplicativos que a maioria das pessoas já usa no dia a dia. Além disso, em breve, o chatbot também poderá responder solicitações por meio de áudio, sendo possível manter uma conversa por voz com o robô.
Também é esperado que o modelo de linguagem da ferramenta seja refinado com o passar do tempo, o que deve naturalmente aprimorar a qualidade das respostas fornecidas. No momento, uma alternativa que pode ser capaz de corrigir alguns desses erros, principalmente as interpretações erradas na criação de imagens, é alimentar o bot com prompts bem descritos, com a maior quantidade de informações que você puder apresentar. De maneira geral, robôs de IA oferecem respostas mais completas para solicitações mais bem descritas.
Com informações de TechTarget e Facebook