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Marido de prefeita investigada pela PF já teve problemas com a Justiça

Prefeita de Poções, Dona Nilda, e o ex-prefeito Otto Wagner de Magalhães – Foto: Reprodução/Instagram @donanildaoficial

O marido da prefeita de Poções, Dona Nilda (PCdoB) — investigada no âmbito da Operação Intercessor, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU), nesta quinta-feira, 23 — já teve problemas com a Justiça após condenação por improbidade administrativa. Em agosto, o ex-prefeito do município, Otto Wagner de Magalhães, também do PCdoB, teve uma sentença contrária a si para o ressarcimento integral de R$ 2.886.565,00 aos cofres municipais e o pagamento de multa civil no mesmo valor.

Além disso, o comunista foi condenado com a perda de eventual função pública após o trânsito em julgado, e a suspensão dos direitos políticos, assim como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios fiscais e creditícios pelo prazo de oito anos.

A medida atendeu a um pedido do MP. De acordo com a ação civil pública ajuizada pelo órgão, entre 2013 e 2016, quando Magalhães esteve à frente da gestão poçoense, ele autorizou, de forma reiterada, o pagamento de despesas sem respaldo legal, causando prejuízo milionário ao Município.

Ao todo, foram identificados pelo menos 196 repasses irregulares, sob a rubrica de “adicional informado” a servidores municipais, sem qualquer autorização da Câmara Municipal e em desacordo com a legislação.

No entanto, esta não foi a primeira vez que o ex-prefeito de Poções tem problemas com a Justiça. Em 2015, ele teve as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA), por ter descumprido com um artigo da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) relacionado com despesas com pessoal.

Desvio de recursos

Nesta quinta-feira, 23, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a Operação Intercessor, com o objetivo de apurar desvios de recursos públicos nos municípios de Encruzilhada e Poções.

Estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, sendo nove em Vitória da Conquista — ações foram executadas ainda na cidade de Barreiras (oeste do estado), além de Poções e Barreiras.

Entre os alvos da operação, além de Dona Nilda estão: o prefeito de Encruzilhada, Dr Pedrinho (PCdoB); e chefe de gabinete da prefeitura de Poções, Jorge Luiz.

Dentre os crimes investigados estão organização criminosa, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e crimes contra a legislação trabalhista, cujas penas máximas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão.

Atarde

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