
A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (24), após a Embaixada dos EUA no Brasil compartilhar, em seu perfil oficial no X (antigo Twitter), uma declaração classificando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como o “coração pulsante do complexo de perseguição e censura contra Jair Bolsonaro”.
A publicação replicada pela embaixada é de autoria de Darren Beattie, representante do Departamento de Estado norte-americano, e afirma que esse suposto “complexo de censura” não apenas afeta o ex-presidente brasileiro, mas também representa uma ameaça à liberdade de expressão nos próprios Estados Unidos. “Graças à liderança do presidente Trump e do secretário Rubio, estamos atentos e tomando as devidas providências”, diz a mensagem original.
A manifestação se soma a outros episódios recentes que evidenciam o tensionamento nas relações bilaterais. Desde o anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, a gestão Trump vem adotando um tom cada vez mais crítico em relação ao governo brasileiro e suas instituições. Em outra nota publicada anteriormente, a embaixada já havia afirmado que Bolsonaro e sua família foram “fortes parceiros” dos EUA e que a “perseguição política” contra eles era “vergonhosa e desrespeitosa com as tradições democráticas do Brasil”.
A declaração provocou reações no meio jurídico e político brasileiro, sendo vista como uma interferência externa em assuntos internos do país. Até o momento, o Supremo Tribunal Federal e o Itamaraty não se pronunciaram oficialmente sobre o conteúdo divulgado pela embaixada americana.
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