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Nova Superliga? Proposta sugere competição com 96 times na Europa

Representantes da Uefa rejeitam projeto da Superliga Europeia, de maneira unânime — Foto: Reuters

Quatro ligas, 96 clubes e uma reformulação na ideia da Superliga Europeia: essa é a proposta da A22 Sports para uma nova supercompetição europeia, chamada de Unify League. Em 2021, o Real Madrid liderou o projeto da Superliga, que derrubaria a Champions League, mas a ideia não andou. Serão quatro divisões na Unify League: Star, Gold, Blue e Union. As duas primeiras terão 16 times cada uma, enquanto as últimas duas terão 32 cada, totalizando 96 clubes.

Todas as ligas serão divididas em grupos de oito clubes, sendo dois nas divisões Star e Gold, e quatro nas ligas Blue e Union. Nas duas principais ligas, os quatro melhores times de cada grupo avançariam para as oitavas de final, com os dois melhores de cada grupo nas últimas duas avançando para a mesma fase.

— Identificamos uma série de desafios críticos que o nosso esporte enfrenta, incluindo o aumento dos custos de inscrição para os torcedores, um calendário de jogos insustentável, investimento inadequado no futebol feminino e o descontentamento com as atuais competições pan-europeias do ponto de vista do formato e da governação — disse Bernd Reichart, CEO da A22.

A empresa A22 Sports Management foi criada para ajudar o desenvolvimento da competição, em 2021. Eram 12 clubes no começo: Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham, da Inglaterra; Atlético de Madrid, Barcelona e Real Madrid, da Espanha; e Inter de Milão, Juventus e Milan, da Itália. A pressão popular fez os ingleses pularem fora primeiro.

Inicialmente, a Superliga teria 20 clubes: 15 fundadores mais cinco que se classificariam com base no rendimento na temporada anterior. A competição teria início em agosto e fim em maio. Os 20 times seriam divididos em dois grupos, jogos dentro e fora de casa na mesma chave, no meio de semana. Depois disso, mata-mata com ida e volta, e final em confronto único. Não haveria rebaixamento.

Os clubes fundadores alegaram que o projeto estabeleceria uma “base sustentável para o futuro a longo prazo, aumentando substancialmente a solidariedade e dando aos torcedores e jogadores amadores um fluxo regular de jogos de destaque que irão alimentar a sua paixão pelo jogo”.

Superliga Europeia de Clubes: entenda os principais pontos do projeto de uma nova liga na Europa — Foto: Getty Images

Superliga Europeia de Clubes: entenda os principais pontos do projeto de uma nova liga na Europa — Foto: Getty Images

Os representantes da liga sustentaram que a competição proporcionaria “crescimento econômico significantemente maior” do que com o antigo da Liga dos Campeões. Os clubes fundadores receberiam juntos € 3,5 bilhões na primeira temporada. Além disso, a Superliga disse que contribuiria com € 10 bilhões em “pagamentos de solidariedade”.

O Tribunal de Justiça da União Europeia deu razão aos promotores da Superliga, ao decidir que as regras da Uefa e da Fifa que até agora impedem este projeto dissidente são contrárias às normas da concorrência. Isso não significa necessariamente que o torneio deva ser autorizado, dizendo que a deliberação tem a ver com as normas da Uefa e da Fifa, de forma geral, não com este projeto específico.

Caso a Unify League saia do papel, ela geraria um grande impacto na indústria do futebol. Não só nisso, mas na maneira como o esporte se estrutura e organiza as competições, em sistema piramidal, com clubes, federações, confederações e a Fifa.

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