Níveis elevados de estresse e dor, tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas estão entre os fatores que mais impactam a produtividade de profissionais de saúde. Isso é o que revela um levantamento realizado pelo Instituto Qualisa de Gestão (IQG) com oito hospitais de diferentes estados do país. Mesmo sem faltar ao trabalho, os profissionais de saúde acabam menos produtivos, gerando desperdício de 36,5% dos custos em horas de trabalho. Na prática, os fatores de saúde citados prejudicam o desempenho de profissionais que têm contato direto com pacientes.
Somando as horas perdidas dos oito hospitais, no período de um ano, o levantamento estimou prejuízos em torno de R$ 226,7 milhões, do total de R$ 619,5 milhões em horas de trabalho contratadas. O valor daria para manter um hospital com aproximadamente 90 leitos durante 12 meses.
“Com essa análise, as empresas conseguem visualizar seu índice de perda de produtividade por condições de saúde e, a partir disso, adotar estratégias para reverter o quadro. Ou seja, aumentar a produtividade com o aumento da saúde e bem-estar de seus colaboradores”, esclarece Mara Machado, CEO e sócia-fundadora do IQG.
Uma pesquisa feita pela Mercer Marsh Benefícios mostrou que a fatia dos benefícios na folha de pagamentos passou de 9,5% (entre 2009 e 2010) para 10,4% (entre 2011 e 2012). O levantamento, divulgado no final de 2021, mostrou que no futuro esse percentual deve chegar à casa de 15% (2022) e passar de 20% (2030). É uma parcela que só tende a crescer. No custo total da empresa, a saúde é o segundo maior, só perdendo para a folha de salários e tributos.