Publicidade

Nos moldes da aliança “Lula-Alckmin”, aliados de Elmar e Brito indicam que parceria terá afunilamento e diálogo na Bahia

Foto: Divulgação

A impensável relação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB) tem sido usada para simbolizar um recente movimento na disputa pela Câmara dos Deputados. O acordo recente entre os deputados federais baianos Elmar Nascimento (União) e Antonio Brito (PSD), em busca para suceder Arthur Lira (PP) na presidência da Câmara dos Deputados, fez com que aliados relembrarem do fato. 

Aliados dos parlamentares sinalizaram que a costura feita entre os políticos e lideranças das duas legendas deverá ser feita nos moldes da aliança do atual presidente Lula e de Alckmin, antigos rivais. Em julho de 2022, o petista surpreendeu e indicou Alckmin para vice, durante a busca pela presidencia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Informações obtidas com interlocutores de ambos deputados apontam que um “afunilamento” dos debates deve ocorrer até fevereiro de 2025, inclusive com ampliação no diálogo na Bahia. O tema local fica por conta da necessidade de angariar apoio na própria bancada baiana, seja ele dos parlamentares ligados ao governo do estado para Elmar ou de oposição a eventual candidatura de Antônio Brito. 

A “união dos baianos”, com a reunião da última segunda-feira (8), deve ter o diálogo com as bancadas sendo intensificado para “aparar arestas” entre os grupos. Mesmo sem confirmarem quem será o candidato na disputa e se utilizarão a estratégia de dois nomes na eleição, lideranças próximas sinalizaram que qualquer movimento deve ser tomado após um “pacto” maior para que a estratégia tenha êxito. 

O encontro é um sinal claro que ambos pretendem continuar o enfrentamento ao nome de Motta, que aparece como novo favorito para assumir o posto a partir de fevereiro do ano que vem. Participaram do encontro os ministro Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações), além do presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e deputados dos dois partidos, mostrando a “coalisão” para convencimento dos integrantes dos dois grupos. 

A discussão também passou pelo início do acordo também com relação a eleição ao Senado Federal. Com cenário “mais pacificado”, o nome de Davi Alcolumbre (União) surge como principal concorrente à sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD). O acordo na Câmara, entre Elmar e Brito, também seria feito para “reforçar” o nome de Alcolumbre, que poderia contar com o apoio maciço do PSD, que atualmente possui 15 senadores aptos a votar. 

A ideia é que as candidaturas dos baianos sejam mantidas na Câmara, mas, que mais adiante, ocorra a convergência com a escolha de um único nome. Nesse momento, cresce a chance de Elmar apoiar Brito para a disputa. Isso porque o líder do PSD na Casa possui menor resitência por parte do Planalto.

O cenário abriria o caminho para um nome próximo da aliança entre Elmar e Brito. Elmar Nascimento inclusive foi apontado como nome preferido de Lira e favorito da disputa até a semana passada. No entanto, o movimento do presidente do Republicanos, Marcos Pereira, de se retirar da disputa para emplacar um nome com menor resistência engarrafou a disputa.

EM BUSCA DE APOIO

Ainda lutando para manter de pé a candidatura à Presidência da Câmara dos Deputados em Brasília, o deputado federal baiano e líder do União Brasil, Elmar Nascimento, vem montando uma articulação com colegas de bancada e outros líderes partidários para garantir seu pleito. Nesta terça-feira (10), o diálogo foi com os representantes do Solidariedade, PDT e Avante

BN

Publicidade
Publicidade