A Bahia registra mais de 46 mil casos de infarto agudo do miocárdio, e mais de 30 mil mortes nos últimos cinco anos. A doença é a maior causa de mortes no país, com 400 mil casos registrados no Brasil.
Em um comparativo de 2019 até o primeiro bimestre de 2024 a Sesab (Secretaria de Saúde do Estado da Bahia) registrou 46.566 mil casos registrados de infarto agudo do miocárdio e 30.118 mortos no estado baiano. A enfermidade é a maior causa de mortes no país. Estima-se que, no Brasil, ocorram de 300 mil a 400 mil casos anuais de infarto e que a cada 5 a 7 casos, ocorre um óbito, segundo dados do Ministério da Saúde.
Arte: Igor Barreto / Bahia Notícias
INVERNO DE MATAR: TEMPO FRIO CONTRIBUI PARA O AUMENTO DE INFARTO
Falta de exercício físico, aliado a má alimentação, são um dos principais fatores que contribuem para a chegada do infarto agudo do miocárdio. Fatores climáticos como o inverno também são agravantes à doença.
De acordo com dados do observatório de Saúde Cardiovascular do INC (Instituto Nacional de Cardiologia), baseado em informações do Datasus, do Ministério da Saúde, que abrangem o período de 2008 e 2023, a estação do inverno propicia aumento de internações por infarto.
O Dr. Marcos, diretor de prevenção cardiovascular da SBC-Bahia (Sociedade Brasileira de Cardiologia – Bahia), pontuou que apesar da capital baiana não registrar temperaturas muito baixas os cuidados com infarto deve prevalecer:
“Apesar de Salvador não apresentar frio como em Conquista e Brumado, temos outras situações que desencadeiam o infarto para quem já tem problemas no coração como: subir uma ladeira correndo, tomar um susto ou qualquer alteração no fluxo cardíaco. Essas situações podem desencadear gatilhos descompensados na circulação coronária. Então, quem tem entupimento de vasos por colesterol, gorduras, tem uma tendência a ter essa situação”, contou o especialista.
O especialista também pontua que para evitar a doença é importante fazer um investimento de 30 anos de cuidados com a saúde:
“O infarto acontece hoje, mas ele começou há 30 anos atrás, então a prevenção dura 15, 20 ou 30 anos, o que considerando a rotina do clt é muito difícil de ser palpável e é importante dizer que um exercício pode ser uma faxina, uma ida ao mercado, caminhada até o trabalho e vale a pena adotar hábitos saudáveis”. contou.
BN