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Vinte imóveis e oito veículos: preso por estupro, Robinho multiplicou patrimônio e registrou bens em nome de parentes

Robinho durante partida do Milan no estádio do clube italiano em Milão em setembro de 2013 — Foto: Olivier Morin/AFP

Preso há pouco mais de uma semana em Santos, no litoral paulista, para cumprir uma pena de 9 anos de prisão por estupro, o ex-jogador Robinho multiplicou seu patrimônio nos últimos anos, mas quase nenhum dos bens está em seu nome. O ex-atacante do Santos foi condenado na Itália por abusar sexualmente de uma mulher numa boate de Milão, em 2013. De lá para cá, ele construiu um patrimônio familiar de 20 imóveis e oito carros — registrados em nome de Robinho, sua mulher, sua mãe e seu pai.

As informações são do portal Uol, que teve acesso a documentos sobre as transações. A defesa de Robinho não comentou o assunto, e a mulher do ex-jogador, Vivian Guglielmetti, não respondeu aos contatos da reportagem.

De acordo com os documentos obtidos pelo Uol, Robinho e Vivian compraram sete imóveis em Santos e nos arredores desde 2014. Os bens custaram R$ 6,4 milhões (ou R$ 10 milhões, em valores atualizados pela valorização imobiliária). Desses imóveis, seis foram registrados em nome de Vivian.

O único em nome de Robinho fica no bairro Aparecida, em Santos, onde ele foi detido por policiais depois que o Superior Tribunal de Justiça homologou a sentença italiana e determinou o início imediato do cumprimento da pena por estupro no Brasil. O imóvel foi “comprado sob os olhares da esposa”, diz o registro.

Ainda de acordo com o portal, a escritura dos imóveis cita um pacto antenupcial, datado de 2009, segundo o qual Robinho e Vivian se casaram pelo regime da separação total de bens. Isso significa que, em caso de partilha, os imóveis ficariam para o titular do registro, responsável pela livre administração do bem.

Outros imóveis que compõem o patrimônio da família estão em nome dos pais de Robinho, Marina e Gilvan, ou foram doados para eles pelo casal, de acordo com registros e escrituras consultados pelo Uol em cartórios. Entre os bens registrados por Marina e Gilvan, estão duas mansões no Guarujá — uma adquirida em 2003 por R$ 3,3 milhões (estimada em R$ 20 milhões, em valores atuais).

Ao menos seis veículos foram comprados no período, no valor aproximado de R$ 1 milhão. Apenas um deles foi registrado em nome de Robinho. Entre os carros, está uma Toyota Hilux, comprada por R$ 235 mil, e um Van Daily Iveco, de R$ 185 mil — ambos colocados em nome de Vivian.